Dr. Rafael Barreto – Nosso corpo é composto por diversos grupos musculares que são cobertos por um tecido denominado fáscia, responsável por entender as mudanças que ocorrem nos músculos, como estiramento, contração ou lesão. Quando o paciente chega ao consultório com queixas que envolvem os músculos e não são apenas de dor, mas também de queimação, contratação, dificuldade de permanecer na mesma posição, entre outras, pode ser Síndrome Miofascial.
A Síndrome Miofascial atinge em geral as regiões da lombar, nuca, cervical, tórax e glúteo. Os principais sintomas são:
– Dor, queimação, ardência ou desconforto sem foco específico;
– Contração da musculatura que pode causar redução da amplitude de movimento, especialmente no pescoço e na lombar;
– Nódulos de dor: pontos de dor ou contratura que podem gerar outros “nós”;
– Dificuldade de permanecer na mesma posição por muito tempo, o que leva o paciente a tentar apertar o local para tentar aliviar a tensão muscular.
Diagnóstico
Os nódulos de dor, considerados pontos-gatilhos, são essenciais para o diagnóstico. Através de palpação local numa área de músculo tenso é possível perceber uma reação involuntária do paciente.
Pela anamnese da dor, questionando todos os fatores que causaram e perpetuam a dor, como alteração de sono, má postura, má alimentação, falta de atividade física ou até doenças clínicas mal controladas, também podemos chegar ao diagnóstico de Síndrome Miofascial. Exames como ultrassom e termografia podem ser solicitados para complementar.
Tratamento
É preciso realizar procedimentos para desativar os pontos-gatilhos, entre eles: agulhamento seco, infiltração com anestésico, alongamentos, massagens com pressão, termoterapia ou eletroterapia. Após a “quebra” dos nódulos, é preciso praticar exercícios, alongamentos e ergonomia nas tarefas diárias para evitar que os pontos-gatilhos reapareçam.
Medicação, analgésica ou relaxante muscular, deve ser indicada apenas durante a eliminação dos causadores da dor.
É importante ressaltar que deve ser feito um acompanhamento próximo e apenas um médico especialista poderá determinar o diagnóstico e indicar o melhor tratamento.
Dr. Rafael Barreto é ortopedista especialista em Cirurgia da Coluna do Instituto da Coluna Campinas.
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