Dr. Rafael Barreto – A mielopatia espondilótica cervical é uma lesão medular causada por espondilose, ou seja, uma degeneração no pescoço. A medula espinhal percorre o nosso corpo a partir da base do cérebro por todo o canal espinhal, este composto por ossos, cartilagem e tecido ligamentar, desempenhando a função de transmitir sinais eletroquímicos entre o cérebro e o corpo.
Os danos na medula espinhal, denominados de mielopatia, podem ser derivados de diferentes razões, mas comumente estão relacionados à compressão da medula, que interrompe a transmissão natural do nervo. Outras causas podem ser a artrose da coluna vertebral ou a espondilose.
A espondilose são alterações degenerativas, principalmente ligadas ao envelhecimento. Alterações como esporões ósseos, degeneração do disco, entre outras, podem estar diretamente relacionadas ao diagnóstico.
Como é uma lesão medular que abrange a transmissão entre o cérebro e o resto do corpo, a mielopatia espondilótica afeta diretamente as fibras da medula responsáveis por conduzir impulsos para os órgãos motores: braços, mãos e pernas. Como consequência, o paciente pode apresentar sintomas como fraqueza, formigamento, dormência e, em alguns casos, dores na região cervical.
Outros sintomas podem ser a falta de resistência nas mãos (queda de objetos); rigidez nas pernas; dificuldades para andar; alteração no equilíbrio e urgência urinária.
O diagnóstico está diretamente relacionado a uma análise profunda do histórico do paciente, além de exames de imagem, como ressonância magnética.
O tratamento envolve descomprimir a medula espinhal através de cirurgia. É importante ressaltar, porém, que cada paciente deve ser avaliado por seu médico, pois é necessário um diagnóstico correto e o tratamento é sempre individualizado.
Dr. Rafael Barreto é médico ortopedista especialista em Cirurgia da Coluna da equipe do Instituto da Coluna Campinas
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