Maria Tonussi – Nesses tempos de confinamento e de muitas notícias sobre a Covid-19, se faz necessária, em primeiro lugar, uma pitada de conhecimento sobre de onde vêm os protocolos aos quais estamos sendo submetidos e como eles são gerados. É popularmente desconhecido que temos uma organização guardiã da saúde mundial – a Organização Mundial da Saúde – e que essa organização mantém colaboradores em quase todas as partes do mundo: cientistas, médicos, enfermeiros, pesquisadores de diversas áreas e laboratórios. Ela recebe também dados de importantes agências de saúde como o CDC (Centers for Disease Control and Prevention) baseada na cidade americana de Washington DC, USA, da European Environment Agency, localizada na Dinamarca, do Centro Europeu de Prevenção de Doenças (ECDC- European Centre for Disease Prevention and Control) localizado em Estocolmo, Suécia.
Essas agências trabalham sete dias na semana, 24 horas por dia, vigiando a saúde e trabalhando com dados recebidos pelos agentes do mundo todo. Com todo esse trabalho a OMS gera protocolos de boas práticas, especialmente no caso de epidemias, que são enviados aos ministérios de saúde de todos os países, os quais vão adequar esses protocolos ao seu grau de desenvolvimento.
Então, quando o nosso Ministério da Saúde nos coloca sob um protocolo de ação contra o Coronavírus é certo que essa é uma atitude pensada e estabelecida por órgãos que estão a serviço da saúde mundial, a OMS, e que pouco ou nada tem a ver com partidos políticos.
Quando em situação de pandemia de um novo vírus, como o caso da COVID-19, o rápido movimento de disseminação da doença requer da população mundial paciência e solidariedade, uma vez que o curto prazo para solução trouxe como melhor resultado o isolamento social em que estamos vivendo.
Sim, ocorrem algumas atitudes de prevenção que são rapidamente mudadas, como o caso da não utilização das máscaras pela população em geral, e agora, a utilização de máscaras caseiras. Isso acontece porque durante as pesquisas sobre o vírus e as avaliações feitas diariamente em diversos países, a OMS avalia quais práticas estão apresentando melhores resultados em determinado país e altera seu protocolo de atuação. Mas o que devemos entender é que tais protocolos sempre têm como finalidade a preservação da vida e o cuidado com a saúde de todos.
No nosso canal do ICC no Youtube tem um vídeo sobre máscaras caseira, para quem tem habilidades com costura, e nos sites abaixo, máscaras de outros tipos. https://youtu.be/G702mtXobI4
O que você tem de entender é que a máscara sozinha nunca terá o poder de lhe imunizar contra o vírus, mas ela junto com as demais atitudes:
- lavar sempre as mãos;
- usar álcool gel nas mãos e nas superfícies;
- manter distância de 2 metros de outra pessoa (na fila do ônibus, no supermercado, etc);
- não partilhar objetos (celular, computador, guarda-chuva, etc);
certamente vão lhe ajudar a atravessar essa epidemia sem contrair a doença.
O Coronavírus definitivamente não é uma gripe comum, ele causa uma reação no pulmão que produz extrema falta de ar, e que em pacientes idosos, diabéticos, fumantes e em cardiopatas leva à necessidade de intubação e uso do respirador artificial para manutenção da vida.
Ficar em casa ainda é a melhor solução, especialmente se você entender que em cada cidade o número de respiradores nos hospitais não atenderia à necessidade da população. Por hora, ainda sem vacinas, sem uma conduta mais específica, cuidemos uns dos outros, fazendo o que nos indica a Organização Mundial da Saúde, através do nosso Ministério da Saúde. Visite os sites para se manter atualizado! www.saude.gov.br; www.cdc.gov; www.ecdc.europa.eu
Não repasse notícias sem saber a origem, procure repassar mensagens de otimismo e de esperança. Quem é do grupo de necessidades básicas, que precisa ir trabalhar, siga as regras de proteção e não se agrupe!
Maria Tonussi é enfermeira da equipe do Instituto da Coluna Campinas.
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