Dr. Rafael Barreto – A nossa coluna é composta por facetas, que são pequenas articulações ou juntas responsáveis por conectar as vértebras na parte posterior e dar estabilidade rotacional, principalmente na região cervical e lombar.
Como toda articulação sofre desgaste, com as facetas não poderia ser diferente, por isso com o processo natural de envelhecimento pode acontecer um desgaste articular (artrose facetária) ou então um estado inflamatório que dá origem à síndrome facetária.
A dor facetária tem seus sintomas variados de acordo com a região que atinge, ou seja, cervical ou lombar. No caso da coluna cervical, o paciente relata dor no pescoço e escápulas, podendo irradiar para os ombros. Em algumas situações, a dor piora com movimentos de extensão, rotação e palpação do pescoço.
No entanto, se a dor facetária atingir a coluna lombar, os sintomas mais comuns são a dor lombar que pode irradiar para os posteriores de coxa e que também pode piorar com a hiperextensão e rotação da coluna.
Para a confirmação do diagnóstico fazemos a avaliação clínica e exames de imagem complementares. Após a conclusão do resultado, é iniciado o tratamento conservador que tem por objetivo melhorar a qualidade de vida do paciente, já que a cura para desgaste articular não existe.
Um tratamento muito conhecido é a infiltração, onde são aplicados diretamente no local medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar temporariamente os sintomas.
A denervação facetária é uma técnica que faz a coagulação dos nervos que transmitem a dor nas articulações desgastadas, podendo ser uma boa opção para os pacientes com dor facetária.
Por fim, temos a artrodose mini-open, que pode ser realizada para pacientes que possuem a síndrome e apresentam instabilidade.
Dr. Rafael Barreto é Ortopedista especialista em Cirurgia da Coluna do Instituto da Coluna Campinas
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