Dr. Rafael Barreto
A região cervical é a área mais flexível da nossa coluna, o que possibilita a realização de todos os movimentos de pescoço e cabeça. Para ajudar nessa mobilidade temos os discos intervertebrais que atuam como amortecedores de impactos sobre as vértebras.
Com o avanço da idade, no entanto, alguns fatores como degeneração dos discos intervertebrais, postura inadequada, movimentos repetitivos, estresse, traumatismos, doenças e disfunções causadas por atividades cotidianas (uso de celulares, leitura na cama e mordida errada) podem levar a pessoa a adquirir rigidez dos movimentos, dor, alteração da mobilidade e dor que pode irradiar para ombros e braços, além do pescoço.
Identificamos a dor cervical, ou cervicalgia como é chamada, pela diminuição da amplitude de movimento, espasmos musculares, dor de cabeça, fraqueza e formigamento no ombro e no braço e dor que inicia na nuca e irradia para a região escapular.
A cervicalgia costuma melhorar em poucos dias ou semanas com tratamentos simples. Porém, nos casos em que os sintomas persistem por mais de dois meses, é importante retornar ao especialista para evitar que o problema se torne crônico e leve à perda da função e à redução da sensibilidade.
Normalmente, o tratamento é conservador, sendo baseado em medicamento e fisioterapia. Em casos mais complexos, que apresentam déficit neurológico progressivo, dor intensa e intratável clinicamente, fraturas instáveis ou tumores, a cirurgia é necessária.
A orientação para evitar a dor cervical é fazer exercícios físicos, manter o pescoço em posição neutra sempre que possível (não curvar nem para frente nem para trás por longos períodos) e não ficar sentado por muito tempo.
Dr. Rafael Barreto é ortopedista especialista em Cirurgia da Coluna do Instituto da Coluna Campinas.
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