Dr. José Rogério Nader – A obesidade é um problema de saúde pública. Estudos comprovam a correlação entre obesidade e queixas de dor, sendo que um deles aponta que a probabilidade de obesos mórbidos com queixa de dor é quatro vezes maior do que pessoas não obesas.
A obesidade pode ser associada a diferentes diagnósticos de dor, como dor lombar, cefaleia, fibromialgia ou dor crônica generalizada e dor abdominal.
O inverso também acontece, estudos apontam que pessoas com dor crônica ou generalizada tendem a ter maior massa gorda total e menor massa magra total do que os que não relatam dor. Além disso, obesidade também está relacionada a dores articulares, como osteoartrite.
O excesso de peso também pode ser decorrência da dor crônica, indiretamente, já que é uma das principais razões que os pacientes obesos citam ao ganhar peso. Isso pode acontecer pelo sedentarismo, efeitos colaterais de medicamentos e falta de sono, por exemplo.
Depressão, alterações no sono e falta de condicionamento físico também são alguns dos pontos afetados pela intercorrência de obesidade e dor crônica.
Em contrapartida, evidências apontam que a perda de peso resulta na diminuição da dor generalizada, especialmente em casos de cefaleia e dores na região lombar e no joelho.
Até mesmo em casos de pacientes com idade avançada (acima dos 75 anos de idade), houve melhora nos sintomas de dor de osteoartrite, resultante da perda de peso.
Ou seja, são inúmeros estudos que apontam a melhora da dor crônica com a perda de peso, uma recuperação da qualidade de vida e retomada de atividades cotidianas que haviam sido abandonadas por conta da dor ou da obesidade.
Dr. José Rogério Nader é médico especialista no Tratamento da Dor do Instituto da Coluna Campinas
Deixe seu comentário