Dr. Rafael Barreto
Antes de falarmos sobre a hiperlordose, temos que lembrar que a coluna vertebral tem curvas naturais em toda sua extensão, sendo elas: lordose na região do pescoço, cifose no tórax, lordose na lombar e cifose novamente na altura na cintura. Apenas quando essas curvas se acentuam por algum motivo, podemos considerar que há algum problema que merece ser investigado e tratado.
No caso da hiperlordose, essa é uma patologia em que a curvatura atinge ângulos superiores a 60º no pescoço e entre 40º e 40º na região lombar, podendo gerar dores nas costas, que por sua vez prejudicam o alinhamento e a mobilidade cervical.
As causas da hiperlordose estão associadas a vários fatores, como alterações posturais, fatores genéticos, osteoporose, artrite, traumas, flacidez muscular, obesidade, sedentarismo, prática inadequada de exercícios físicos e até uso exagerado de salto alto.
Para confirmar o diagnóstico e avaliar o grau da hiperlordose, normalmente são solicitados exames de imagens como raixo-x e ressonância magnética. O tratamento é individualizado e depende de cada caso, porém na maioria das vezes ele é conservador, com o objetivo de impedir a progressão da acentuação da curva, aliviar os sintomas e recuperar as funções da coluna.
Em casos específicos, em que o tratamento conservador não foi suficiente, quando existem síndromes presentes ou alterações graves, a cirurgia pode ser indicada.
No entanto, o melhor a se fazer é prevenir a hiperlordose com prática de exercícios, boa postura, uso controlado de salto alto e cuidado com o manuseio de objetos pesados.
Dr. Rafael Barreto é ortopedista especialista em Cirurgia da Coluna do Instituto da Coluna Campinas.
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