Dr. José Rogério Nader –
Com certeza você já teve, tem ou conhece alguém que convive com a enxaqueca. Essa é uma doença crônica muito frequente e um quadro que chega constantemente aos consultórios médicos. Às vezes, o paciente se queixa de enxaqueca quando na verdade é outro tipo de cefaleia e, para ter certeza do diagnóstico, é essencial que seja feita uma avaliação diferenciada, levando em consideração não só os fatores biológicos.
A enxaqueca pode acometer qualquer pessoa, sejam homens, mulheres, novos, idosos ou mesmo crianças (manifestada através de dor abdominal) e sendo mais recorrente entre os 25 e 45 anos.
A dor normalmente se localiza em uma das têmporas, mas em alguns casos pode ocorrer nos dois lados da cabeça e vem associada a sintomas como fotofobia (intolerância à luz), fonofobia (intolerância ao som), náuseas, vômitos e sensações visuais (manchas escuras, pontos luminosos, visão embaçada). Sintomas como cegueira parcial, formigamento na face e no corpo e fala embaralhada também podem ocorrer.
A hipersensibilidade de nervos do cérebro é a principal causa dessa dor crônica, já que esse quadro provoca impacto nos vasos que, por consequência, causam uma vasodilatação com a liberação de substâncias inflamatórias que levam à crise. Porém, existem alguns alimentos que podem desencadear o quadro de enxaqueca, como frutas cítricas, chocolate, carne, fritura, álcool, além de estresse, jejum prolongado e frio repentino.
A crise pode durar entre 4 e 72 horas e embora cada tratamento dependa da conduta que o médico irá utilizar, normalmente são usados medicamentos neuromoduladores, betabloqueadores, antivertiginosos, antieméticos e triptanos.
Durante a crise que atrapalha o dia a dia do paciente e o deixa debilitado, é importante ficar em um lugar escuro e silencioso, tomar um medicamento para cada sintoma e tentar dormir. Caso não ocorra melhora, procure seu médico para que ele indique outros procedimentos.
Dr. José Rogério Nader é especialista em Tratamento da Dor do Instituto da Coluna Campinas.
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