Dr. José Rogério Nader
Os primeiros registros de dor fantasma ocorreram durante períodos de guerras, quando soldados amputados relatavam ainda sentir dor no membro que não existia mais. Com o passar dos anos, estudos revelaram que a dor fantasma na verdade é uma sensação gerada pela manutenção no esquema corporal presente em nosso sistema nervoso do membro fisicamente perdido.
Ou seja, é possível dizer que há um mapa em nosso cérebro que corresponde ao corpo físico, fazendo com que quando haja uma amputação, esse mapa cerebral não consiga se reestruturar para identificar que não deve mais mandar estímulos ao membro amputado.
Entre 80 e 90% dos amputados já tiveram a dor fantasma e cerca de 10% podem ter esse incômodo continuamente. Geralmente, as sensações mais relatadas são de calor/frio, formigamento, dormência, coceira ou choques.
Para tratar esses incômodos, utilizamos fisioterapia, acupuntura, medicamentos, radiofrequência e tratamentos intervencionistas como bloqueios. Alguns tratamentos semelhantes aos usados por pessoas que tiveram AVC (acidente vascular cerebral) também podem estar entre as opções.
É importante procurar um especialista para tratar a dor fantasma, porque além de gerar incômodo, também pode dificultar os casos que necessitam de adaptação a próteses.
Dr. José Rogério Nader é médico especialista em Tratamento da Dor do Instituto da Coluna Campinas.
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