Dr. Frederico Pantaroto –
A denominação “displasia do quadril” pode ser usada para designar diversas alterações da forma da articulação do quadril. Quando o ajuste entre o acetábulo e a cabeça do fêmur se desgasta e se torna inadequado para o movimento harmônico, a cabeça do fêmur pode se mover de dentro para fora da cavidade acetabular da articulação do quadril e, quando há essa movimentação, pode causar uma sub-luxação.
É comum acontecer dos bebês nascerem com o “quadril solto”, ou seja, com a displasia, mas esse quadro pode se reverter sozinho no decorrer de alguns meses ou necessitar de tratamento específico. No entanto, a displasia também pode acontecer mais tarde, na adolescência, quando os ossos ainda estão se formando, mas a cavidade do formato de “taça” que o acetábulo deveria se moldar não evolui completamente a ponto de sustentar a cabeça femoral.
A maioria dos pacientes nem sabe que tem displasia até procurar um médico ortopedista por sintomas de dor de uma atividade física ou quando se revela em um raio-x por outro motivo. Por isso, pode se levar anos para diagnosticar o quadro.
Fatores de risco
Segundo a Academia Americana de Pediatria o componente genético é um dos principais fatores de risco. Crianças de pais que não convivem com displasia têm um risco de 6%, já os filhos que um dos pais apresentam o diagnóstico têm um risco de 12%. Em casos de pai, mãe e irmão com a doença o risco sobe para 36%.
Sintomas
Dor, estalidos no quadril e frouxidão ligamentar são alguns dos sintomas que podem indicar a displasia.
A avaliação precoce através de consulta com especialista e um exame de radiografia são capazes de identificar a displasia e orientar o tratamento. Normalmente são indicadas medidas profiláticas que diminuem a pressão no local, consequência do desgaste precoce.
Dr. Frederico Pantaroto é ortopedista especialista em Cirurgia e Artroplastia de Quadril e Joelho
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