Dr. Rodrigo Ortiz
A instabilidade do ombro é um problema em que o paciente sente seu ombro deslocar e sair do lugar. Na maioria das vezes, essa instabilidade afeta principalmente pacientes jovens que já tiveram algum tipo de trauma antigo neste mesmo local.
Alterações relacionadas ao colágeno, como frouxidão ligamentar e o fato de o paciente ser convulsivo, já que pacientes convulsivos têm naturalmente mais instabilidade do ombro, são alguns dos fatores de risco que podem levar a esse problema. Atividades esportivas como beisebol, ginástica, futebol americano, levantamento de peso, vôlei e natação também podem contribuir para a instabilidade.
Pelo exame físico, vemos qual é o grau e a direção da instabilidade que o paciente apresenta, que pode ser deslocamento anterior – normalmente mais comum, deslocamento posterior ou deslocamento multidirecional – em várias direções.
Ao solicitarmos exames de imagens, como ressonância, raio-x e tomografia, procuramos avaliar se o paciente em questão tem algum tipo de lesão da parte óssea, pois isso muda o tratamento, ou se a lesão é puramente do ligamento, chamada do labrum glenoidal, ou se há também lesão associada do manguito rotador.
Com os resultados da avaliação clínica e dos exames de imagens, o tratamento indicado será baseado ou não na presença das lesões associadas, podendo assim ser fisioterapia e reabilitação motora focada no reforço muscular, ou tratamento cirúrgico através da artroscopia ou por via aberta (pequena incisão) para a correção das lesões intra-articulares, sejam elas ósseas ou ligamentares.
Nos casos cirúrgicos, a recuperação costuma ser tranquila, sendo possível que o paciente retorne às suas atividades diárias em 3 ou 4 semanas de pós-operatório e às atividades físicas entre o quarto e o sexto mês.
Se você tem algum desses sintomas, procure seu ortopedista para a indicação do melhor tratamento.
Dr. Rodrigo Ortiz é ortopedista especialista em Cirurgia do Ombro do Instituto da Coluna Campinas.
Deixe seu comentário