Você já teve a sensação de que as mulheres se queixam mais de dor nas costas? Será que isso é verdade? Ou será que essa diferença está no fato dos homens procurarem menos o consultório médico quando sentem dor?

Tanto no pescoço, região cervical, quanto na lombar, região mais baixa das costas, a dor na coluna é uma das queixas mais comuns nos consultórios de ortopedia. Algumas pesquisas indicam que existem alguns fatores nas mulheres que favorecem o aparecimento da dor, principalmente na região lombar. Antes de abordarmos esses fatores, é importante lembrar que a dor crônica na coluna aparece tanto nos homens quanto nas mulheres. E ambos devem estar atentos a alguns hábitos de vida para prevenir esse desconforto.

Alguns dos fatores de risco em comum que foram identificados nas pessoas que se queixam de dor na coluna são:

  • Aumento da idade
  • Baixa escolaridade
  • História de tabagismo
  • Consumo elevado de sal
  • Atividades pesadas no trabalho
  • Atividades domésticas em alta intensidade
  • Sobrepeso e obesidade
  • Doenças crônicas, como hipertensão e colesterol elevado

No caso das mulheres, a dor crônica pode estar também relacionada a diferenças na anatomia ou fisiologia da coluna, levando ao maior desgaste por sobrecarga nas estruturas ósseas. Como a mulher, em geral, apresenta menor estatura, menos massa muscular, menos massa óssea, articulações mais frágeis e menor adaptação ao esforço físico intenso, esse pode ser um fator que contribui para um número maior de casos de dor lombar entre as mulheres.

A percepção da dor também é um dos motivos que contribui para essa estatística. Mulheres têm maior percepção quanto aos sinais e sintomas do seu corpo e, reconhecendo a dor, buscam mais ajuda para o tratamento e isso influencia os números nos consultórios e nas pesquisas.

Outro ponto levantado é o envolvimento mais frequente e intenso de mulheres com tarefas domésticas e trabalhos repetitivos em posições não ergonômicas. Isso acontece especialmente em famílias de baixa renda, em que a mulher exerce dupla jornada de trabalho. Não podemos deixar de mencionar a gravidez e o pós-parto. Momentos da vida em que atuam hormônios que aumentam a flexibilidade dos ligamentos da coluna e quadril e quando há uma alteração da curva da coluna por conta do aumento de peso.

No pós-parto, devemos ainda considerar a posição ao amamentar e ao carregar o bebê, fatores que contribuem também para a sobrecarga na coluna, uma vez que raramente elas são orientadas a se reabilitarem no pós-parto.

Para finalizar, lembramos que tanto homens quanto mulheres devem estar atentos aos sintomas de dor na coluna e buscar tratamento adequado. A dor é um sinal de que algo não está bem no seu corpo e precisa ser investigado.

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